terça-feira, 24 de julho de 2007

rerum vulgarium fragmenta


de tanto respirar a escuridão e os quartos vazios, enchi de febre os olhos e o peito debil. do delirio que vem depois sairam autores de que me não lembro, inventores de mundos que não funcionam mais, pintores da luz que alguém guardou e eu perdi.

saiste tu, laura, três longos dias depois. passeavas em santa clara com o olhar que só se tem nas margens esquerdas a tudo, esquecendo torres, campanarios e desdenhando dos escritores com juras de desamor.

o meu corpo recupera ainda o folego dessa morte suave.
por isso tomo teoremas e latinório às horas certas.

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