
não sei porque acredito na poesia
nada procuro as mais das vezes
mas sobram sempre palavras
palavras que não escrevo
por serem canções minhas
com as letras dos outros
ainda agora quando vadiava
encontrei versos imaginados
de poemas sem linguagem
por entre os gestos das magnólias
e os murmúrios das tílias
que agora canto e não são meus
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